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Aires do Báltico: 22nd Annual Meeting of the EAA

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Vilnius foi a cidade escolhida pela European Association of Archaeologists (EAA) para celebrar a sua reunião anual neste ano de 2016. Umas 1600 pessoas estiveram presentes na capital lituana no que se consolidou como o evento periódico mais importante para a investigação arqueológica europeia.

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Abertura da Reunião, no Palácio dos Grandes-Duques da Lituânia

A nossa equipa de investigação não poderia faltar a esta no podia faltar a este imperdível evento anual, estando presentes os nossos colegas José M. Costa García (Universidade de Santiago de Compostela/VU University Amsterdam) e David González Álvarez (Instituto de Ciencias del Patrimonio/Durham University). Em representação de toda a nossa equipa apresentaram uma comunicação na sessão “New Knowledge About Past Societies Through the Use of Advanced Remote Sensing Techniques”. O painel, organizado por Ole Risbøl (Norwegian Institute for Cultural Heritage Research, Lars Gustavsen (Norwegian Institute for Cultural Heritage Research) e Hanna Stöger (Leiden University), pretendia abordar as potencialidades dos métodos de teledeteção na investigação arqueológica de diferentes cronologias e regiões europeias. Com o objetivo de difundir o nosso projeto e discutir os resultados do nosso trabalho com investigadores de toda a Europa, participamos neste painel com a apresentação “Airborne LiDAR data for the study of Roman military presence in NW Iberia”.

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Cobertura da apresentação mostrada na sessão.

Como já comentamos em outras ocasiões, os estabelecimentos temporais do exército romano são sítios caracterizados por estruturas frágeis que são facilmente apagadas com a passagem do tempo. Além disso, a sua ocupação episódica origina que sejam poucos os materiais arqueológicos que podem revelar a sua ocupação. Assim, estes assentamentos são praticamente invisíveis sobre o terreno; ou pelo menos assim era até à extensão das técnicas de teledeteção na investigação arqueológica. Estas ferramentas –como a análise de fotografias aéreas– foram fundamentais para lançar a Arqueologia militar romana na Península Ibérica na última década do século XX. Mas durante os últimos anos, novos recursos estão ao nosso alcance que nos permitem aprofundar no estudo da presença militar romana no Noroeste Ibérico. A nossa comunicação na reunião anual da EAA versou sobre estas ferramentas –entre as que destaca a utilização dos dados LiDAR–, examinando os limites e as potencialidades dos métodos utilizados pelo nosso grupo de investigação. Sobre esta base, a próxima tarefa à qual nos iremos enfrentar é o desenvolvimento de modelos preditivos que sirvam para localizar novos acampamentos romanos, e o aprofundamento das nossas investigações em relação ao estudo contextual destes sítios.

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Jose Costa durante a apresentação.

Ainda há muito trabalho pela frente, e de Vilnius regressamos com boas ideias e novas perguntas. Convidamos-te a que nos acompanhes nesta viagem, onde em breve iremos acrescentando novas peças.

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