- RomanArmy nasceu em 2016 como um coletivo de investigadores interessados na arqueologia do conflito e no estudo do processo de conquista do NW Ibérico por parte de Roma. Nesta linha, pretende conjugar competências, conhecimentos e sinergias para explorar novas vias de investigação na experimentação e na inovação, mas também no rigor científico e na qualidade da investigação.
- RomanArmy não se constitui como um grupo de investigação formal dentro de uma estrutura universitária ou de um centro de investigação em particular, independentemente de que alguns dos investigadores que o integram possam desenvolver a sua atividade nestes âmbitos. Deste modo, o coletivo não pretende recorrer a fontes de financiamento convencionais próprias deste tipo de grupos (planos autonómicos, ministeriais ou europeus de I+D+i), sendo assim autónomo, autossustentável e suportado pelo esforço e dedicação dos seus membros. Unicamente poderá estabelecer alianças e colaborações pontuais com estes centros para ações concretas, mas sempre desde uma relação de horizontalidade e de respeito pelos princípios que regem RomanArmy.
- RomanArmy funciona de maneira descentralizada, com atuações propostas pelos próprios membros, aprovadas por consenso e às quais o resto de investigadores do coletivo se incorpora voluntariamente se assim o considerar oportuno.
- RomanArmy não se centra apenas na produção de conhecimento, senão que aposta pela socialização da investigação. Deste modo, abre canais de comunicação diretos tanto com outros colegas do âmbito científico e académico, como com o público geral, procurando incorporá-lo ao próprio processo de geração de conhecimento. Por isso, RomaArmy explora novas vias para a difusão dos resultados para além dos formatos estândares de publicação académica.
- RomanArmy comparte uma visão de ciência democrática, dinâmica, aberta, feminista e na ideia de que esta deve contribuir a melhorar a sociedade criando uma cidadania mais crítica e informada. Neste sentido, RomanArmy constitui-se como uma plataforma de ação científica que, apesar do seu limitado alcance e possibilidades como coletivo, desborda muitas das problemáticas burocráticas, administrativas e de gestão que nestes momentos afogam uma boa parte das instituições académicas e científicas.
- O quotidiano de RomanArmy baseia-se num debate aberto e proposto em termos de liberdade, igualdade, horizontalidade e democracia entre os seus membros, assim como entre estes e a sociedade em geral. Este debate fundamenta-se no intercâmbio de ideias, na busca de consensos e na aprendizagem coletiva, o qual reforça o compromisso de honestidade e transparência do grupo. Permite-nos escutar, duvidar, opinar, consciencializar e aprender na liberdade e na multivocalidade.
- RomanArmy aposta claramente pelo respeito pela diversidade de pensamento, que vem fundamentado pelo carácter interdisciplinar, heterogéneo e frequentemente heterodoxo do grupo, conformado por investigadores procedentes de diferentes disciplinas, tradições investigadoras, áreas geográficas e com diferentes interesses. Esta bagagem vital não determina o estabelecimento de hierarquias, senão que se encontra ao serviço do bem comum e do pensamento plural.
- RomanArmy é um coletivo nativo digital que se embebe do carácter imediato e interativo que emana deste conceito, o que nos permite abrir diálogos francos com a cidadania, seguindo os princípios da ciência pública e em aberto. Apostamos por uma visão mais aberta da propriedade intelectual como um bem público e adotamos uma ética hacker na nossa relação com a tecnologia: reinterpretando-a, reinventando-a e explorando novos usos tanto para a investigação como para a comunicação do processo científico.
- RomanArmy entende-se como um coletivo transdisciplinar, em permanente construção e portanto cambiante, mas sempre baseado nuns princípios éticos e de compromisso social bem definidos aos que atende este decálogo.
- RomanArmy nasceu nas margens da Academia, como uma anomalia no sistema. Com utópica irreverência, constitui-se como modelo meta-académico. Bebe dum latente ativismo envolvido em desenfado. RomanArmy autodefine-se como coletivo de investigação com arquitetura de WhatsApp.